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Gatilhos alimentares e a relação com a dor de cabeça

Pesquisa feita nos Estados Unidos aponta que desejo excessivo por doces pode estar relacionado aos hábitos de pessoas que sofrem com enxaqueca

Gatilhos alimentares e a  relação com a dor de cabeça

Após as festividades de Páscoa, é comum surgir queixas sobre o excesso de peso e consumo desenfreado de guloseimas. Para muitos, essa data é o gatilho para as famosas cefaleias que afetam uma parcela significativa da população. Entre as formas mais comuns de manifestação da dor de cabeça estão a cefaleia tensional e a enxaqueca.
A cefaleia tensional se caracteriza por uma pressão leve a moderada ao redor da cabeça, assemelhando-se a uma sensação de aperto com uma fita. Já na enxaqueca, a dor é pulsante e pode ser mais intensa, concentrando-se principalmente nas laterais do crânio.
Diferentemente das dores de cabeça mais comuns, como as tensionais, que muitas pessoas experimentam de vez em quando, as enxaquecas afetam aproximadamente 18% das mulheres e 6% dos homens a cada ano nos Estados Unidos, e são muito mais incapacitantes.
De acordo com uma análise de estudos publicados em 2018, quase 30% dos pacientes relataram que certos alimentos ou hábitos alimentares desencadeavam dores de cabeça. No entanto, estudos recentes sugerem que, provavelmente, não são os alimentos que causam a enxaqueca, mas sim a enxaqueca que leva as pessoas a comerem certos alimentos.
Na fase inicial de uma crise de enxaqueca – chamada de fase premonitória ou de pródromo, que pode iniciar algumas horas ou dias antes da fase de dor de cabeça – as pessoas podem apresentar sintomas como fadiga, confusão mental, alterações de humor, sensibilidade à luz, rigidez muscular, bocejos e aumento da micção.
O chocolate está entre os gatilhos alimentares mais relatados para enxaqueca, mas em uma revisão de estudos publicados na revista Nutrients em 2020, os pesquisadores concluíram que não havia evidências suficientes para afirmar que o chocolate pode causar enxaqueca.
Para aqueles que sofrem de enxaqueca, é possível que uma dieta regular rica em açúcar refinado e carboidratos processados possa aumentar os níveis de inflamação no corpo e torná-los mais suscetíveis a crises. Algumas pesquisas limitadas apoiam essa ideia, e pode valer a pena tentar reduzir o açúcar e trocar por alimentos anti-inflamatórios como frutas, legumes, nozes, feijões, grãos integrais e peixes.
Pular refeições e jejuar também são gatilhos comumente relatados para enxaqueca. Nestes casos, é orientado fazer refeições regulares e nutritivas, além de dormir o suficiente, exercitar-se regularmente e controlar o estresse.
Práticas como yoga, tai chi e meditação podem ajudar a reduzir a tensão muscular, contribuindo para o alívio das dores de cabeça.

Por: Rosilene Fochesatto

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